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sábado, 31 de julho de 2010

A ARTE x DOENÇA MENTAL= PARCERIA E INTERVENÇÃO

O uso da arte como terapia surgiu no inicio do século passado com Freud  que estabeleceu suas bases da ao ver na arte uma forma de expressão do inconsciente. Foi Jung que iniciou a aplicação da arte como terapia e ajudou a divulgação deste novo saber terapêutico. No Brasil, Osório César, no Hospital do Juqueri em São Paulo, e Nise da Silveira, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro que desenvolveram uma série de experiências que envolviam a arte em processos terapêuticos com pacientes psiquiátricos.
"A arte, com sua característica capacidade de expressar concomitantemente uma multiplicidade de níveis de significados, mostra-se capaz de expressar a complexidade humana, em seus conteúdos conscientes, inconscientes e quase-conscientes, revelando-se um recurso poderoso e eficaz."
Muitas vezes, as pessoas não têm palavras para expressar seus problemas e conflitos emocionais e se fazem um desenho, conseguem comunicar um estado da alma, juntando os pedacinhos dos sintomas espalhados, amoldando-os ao corpo, dando forma e rosto no trabalho artístico, esta arte tem o potencial de promover efeitos curativos dos sintomas psicossomáticos. Este processo de conhecimento vivenciado por meio de experiências artísticas permite que o indivíduo simbolize  e concretize suas percepções do mundo. Isto é sobretudo importante nos pacientes que não conseguem expressarem-se verbalmente, pela linguagem oral ou escrita. O processo criativo é um importante fator de reconciliação de conflitos emocionais, e de facilitador da autopercepção e do desenvolvimento pessoal.
Os processos criativos permitem redescobrir significados na vida e possibilitam a expansão da consciência. É um fenômeno que rompe barreiras como abrir os portões da mente.O processo criativo é o processo de mudança, desenvolvimento e evolução na organização da vida interior. O indivíduo é percebido como um sistema aberto, crescendo e desenvolvendo-se através do intercâmbio criativo com o ambiente.
A arteterapia não tem preocupação com o aspecto estético, ou com a utilização e conhecimento de técnicas e movimentos artísticos, mas com a expressão em si. Na arteterapia, a não presença do julgamento estético e a utilização de recursos expressivos diversos permitirão ao indivíduo encontrar sua própria linguagem expressiva, possibilitando a expressão de seus conteúdos conflitivos, de uma forma que não a verbal. Ao estimular a livre expressão e a criatividade, valoriza-se sua auto-estima, sua harmonia e suas relações com suas possibilidades e seus limites, restabelecendo seu equilíbrio interno.

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