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terça-feira, 16 de novembro de 2010

AJUDE-NOS A MONTAR NOSSA BIBLIOTECA!


A palavra biblioteca vem do grego e significa "caixa para guardar livros" e, por extensão, um local onde os livros seriam colocados, de forma organizada, para consultas e leitura. O gosto pela descoberta de novos mundos com literaturas diferenciadas permite que todos nós ultrapassemos as fronteiras da geografia e aprofundemos nos conhecimentos e mundos novos.
Por iniciativa dos nossos pacientes, iniciamos a organização de uma biblioteca comunitária feita pela comunidade para a comunidade. Estamos recebendo doações na UBS - Campo Limpo (rua: Jorge Ozzy, 211 - Jardim Catanduva - São Paulo). Além de livros, precisamos de estantes.
CONTRIBUA COM ESTE PROJETO!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Museu da Loucurafoi inaugurado em agosto de 1996, é parte integrante de um plano de resgate da memória histórica de Barbacena, através do projeto Memória Viva desenvolvido pela Fundação Municipal de Cultura de Barbacena – FUNDAC e financiado com recursos da Prefeitura Municipal de Barbacena.Localizado no Torreão do antigo Hospital Colônia, hoje totalmente restaurado e adaptado para finalidades culturais, o Museu conta uma história de quase um século de sofrimento e exclusão. Estima-se que naquele local morreram mais de 60 mil pessoas, entre homens e mulheres, vítimas do agravo de superlotação, abandono e descaso. Circulando pelas cinco salas do Museu o visitante poderá observar objetos, documentos, fotografias, sons e imagens percorrendo uma trajetória difícil, dolorosa, sem atalhos onde poderá compreender melhor os caminhos e os descaminhos do tratamento psquiátrico estabelecido em Minas Gerais desde 1900 quando foi criada, pelo Governo Francisco Sales, a Assistência aos Alienados em Minas Gerais. O acervo é impressionante e muito interativo.Ele reúne fotos, equipamentos para tratamento, além de pinturas e desenhos feitos pelos internos.
Serviço: Museu da Loucura. Rodovia MG 265 Km 5. Barbacena. (32) 3332 1477. Horário: Segunda a sexta de 8h às 12h e das 13h às 18h.

Museu da Loucura- Barbacena MG

Vale a pena conhecer: MUSEU DE IMAGENS DO INCONSCIENTE

O Museu de Imagens do Inconsciente teve origem nos ateliês de pintura e de modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional, organizada por Nise da Silveira em 1946, no Centro Psiquiátrico Pedro II. Aconteceu que a produção desses ateliês foi tão abundante e revelou-se de tão grande interesse científico e utilidade no tratamento psiquiátrico que pintura e modelagem assumiram posição peculiar. A idéia de organizar-se um Museu que reunisse as obras criadas nesses setores de atividade, a fim de oferecer ao pesquisador condições para o estudo de imagens e símbolos e para o acompanhamento da evolução de casos clínicos através da produção plástica espontânea.
O Museu foi inaugurado em 20 de maio de 1952. O Museu não cessou de crescer. Diretamente vinculado aos ateliês de pintura e de modelagem, recebe cada dia novos documentos plásticos. Seu acervo reúne atualmente cerca de 300 mil documentos entre telas, pinturas, desenhos e modelagens. O Museu é um centro vivo de estudo e pesquisa sobre as imagens do inconsciente, aberto aos estudiosos de todas as escolas psiquiátricas.



 

 

 
O Museu conta com um site super interessante onde podem ser vistas as obras da Exposição Virtual e saber um pouco dos artistas que o ajudaram a dar vida.
O Museu de Imagens do Inconsciente fica no Instituo Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira (antigo Centro Psiquiátrico Pedro II).


ENDEREÇO: Rua Ramiro Magalhães, 521 - Engenho de Dentro CEP 20730-460 - Rio de Janeiro
Telefone (55 21) 3111 7471 Fax (55 21) 3111 7465 Diretor: Luiz Carlos Mello
Visitas: 2ª. a 6ª. das 9 às 16 horas - Entrada Franca
Visitas orientadas mediante agendamento

Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura!




Ser doido-alegre, que maior ventura!

Morrer vivendo p'ra além da verdade.

É tão feliz quem goza tal loucura

Que nem na morte crê, que felicidade!



Encara, rindo, a vida que o tortura,

Sem ver na esmola, a falsa caridade,

Que bem no fundo é só vaidade pura,

Se acaso houver pureza na vaidade.



Já que não tenho, tal como preciso,

A felicidade que esse doido tem

De ver no purgatório um paraíso...



Direi, ao contemplar o seu sorriso,

Ai quem me dera ser doido também

P'ra suportar melhor quem tem juízo.



António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."

terça-feira, 9 de novembro de 2010

BISPO DO ROSÁRIO - DA LOUCURA À ARTE. O RESGATE DE UMA VIDA

Arthur Bispo do Rosário nasceu no Sergipe aproximadamente em 1909, afrodescendente, foi para Rio de Janeiro para trabalhar ainda jovem. Com menos de 30 anos (1938) foi internado no hospital psiquiátrico

da Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde viveu por 50 anos. Seus sintomas o pertubavam. Eram alucinações e a crença de ser um enviado de Deus para julgar os vivos e os mortos. Seu diagnóstico: equizofrenia paranóide.
Na Colônia, passou a produzir objetos a partir de lixo e sucata que foram considerados arte vanguardista e referência para a arte contemporânea brasileira. Seus trabalhos foram comparados à obra de Marcel Duchamp, pintor e escultor francês considerado um dos precursores da arte conceitual e inventor do ready made no início do século XX. A obra mais famosa é o Manto da Apresentação, que ele deveria vestir no dia do juízo final.
Bispo do Rosário faleceu na Colônia Juliano Moreira em 1989.  Após sua morte, suas obras foram expostas no museu que leva seu nome.
Museu Bispo do Rosário – Arte Contemporânea
Estrada Rodrigues Caldas 3400 – Taquara – Jacarepaguá – Rio de Janeiro


Visite e divulgue!

Tel: (21) 24468628
Site: http://www.museubispodorosario.com.br/

sábado, 11 de setembro de 2010

METODOLOGIAS ATIVAS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

INTRODUÇÃO


A graduação profissional clássica dura somente alguns anos e historicamente, a formação dos profissionais de saúde tem sido pautada no uso de metodologias conservadoras e fragmentadas, compartimentalizando-as em campos altamente especializados, em busca da eficiência técnica. O processo ensino-aprendizagem tem se restringido, muitas vezes, à reprodução do conhecimento, no qual o docente assume um papel de transmissor de conteúdos, ao passo que, ao discente, cabe a retenção e repetição dos mesmos - em uma atitude passiva e receptiva (ou reprodutora) - tornando-se mero expectador, sem a necessária crítica e reflexão. Ao contrário, a passagem da consciência ingênua para a consciência crítica requer a curiosidade criativa, indagadora e sempre insatisfeita de um sujeito ativo, que reconhece a realidade como mutável.

Ao contrário da graduação, a atividade profissional tende a permanecer por décadas. Foi necessário pensar em uma metodologia que conseguisse absorver os conhecimentos e reconhecer as competências que se transformam velozmente. O profissional final desta nova prática educacional deveria ser ativo e apto a aprender a aprender.

As abordagens pedagógicas progressivas de ensino-aprendizagem vêm sendo construídas e implicam formar profissionais como sujeitos sociais com competências éticas, políticas e técnicas e dotados de conhecimento, raciocínio, crítica, responsabilidade e sensibilidade para as questões da vida e da sociedade, capacitando-os para intervirem em contextos de incertezas e complexidades.

METODOLOGIAS ATIVAS NA EDUCAÇÃO

A necessidade de romper com a postura de mera transmissão de informações, na qual os estudantes assumem o papel de receptáculos passivos, preocupados apenas em memorizar conteúdos e recuperá-los quando solicitado - habitualmente, por ocasião de uma prova - é um dos principais pontos de partida que explicam a ascensão da Aprendizagem Baseada em Problemas no ensino médico atual. De fato, um dos aspectos cruciais deste modelo é o processo educativo centrado no estudante, permitindo que este seja capaz de se tornar maduro, adquirindo graus crescentes de autonomia. O método parte de problemas ou situações que objetivam gerar dúvidas, desequilíbrios ou perturbações intelectuais, com forte motivação prática e estímulo cognitivo para evocar as reflexões necessárias à busca de adequadas escolhas e soluções criativas, podendo-se estabelecer uma aproximação à proposta educativa. A perspectiva construtivista a qual considera que o conhecimento deve ser produzido a partir da interseção entre sujeito e mundo é o foco problematizado na Aprendizagem Baseada em Problemas. Alguns pontos são relevantes como:

(1) a aprendizagem significativa;

(2) a indissociabilidade entre teoria e prática;

(3) o respeito à autonomia do estudante;

(4) o trabalho em pequeno grupo;

(5) a educação permanente;

(6) a avaliação formativa.

Um dos aspectos que mais positivos deste modelo é permitir a formação de um estudante apto a construir o seu próprio conhecimento e de trabalhar em grupo de modo articulado e fecundo. Outro importante ponto é a perspectiva de não-completude da formação (expressa no conceito/práxis de educação permanente) e a estruturação do processo de avaliação formativa e contínua - os quais esmaecem, de fato, as diferenças entre as vidas universitária e profissional - parecem fazer parte de um sistema aberto de organização do processo ensino-aprendizagem, no qual se abre mão, definitivamente, da noção de terminalidade da formação.

EDUCAÇÃO & SAÚDE

A saúde no Brasil vem sofrendo o mais profundo processo de reforma de Estado, protagonizado por importantes segmentos sociais e políticos, cuja ação é fundamental à continuidade e avanço do movimento pela Reforma Sanitária, bem como para a concretização do SUS. O SUS tem assumido um papel ativo na reorientação das estratégias e modos de cuidar, tratar e acompanhar a saúde individual e coletiva e tem sido capaz de provocar importantes repercussões nas estratégias e modos de ensinar e aprender.

As iniciativas de reformas têm de enfrentar, em sua própria concepção e desenvolvimento, o desafio de constituir-se em eixo transformador, em estratégias mobilizadoras de recursos e poderes, em recursos estruturantes do fortalecimento do SUS, deixando de estar limitadas a introduzir mudanças pontuais nos modelos hegemônicos de formação e cuidado em saúde. A formação desta nova massa crítica requer cada vez mais mudanças práticas no modelo de ensino e da lógica programática das ações, tão limitadas até este momento. A articulação entre o sistema de saúde em suas várias esferas de gestão e as instituições formadoras lançam uma nova visão nas políticas desenvolvidas para o SUS e a educação em serviço ganha estatuto de política pública governamental.

A educação permanente propõe que a transformação das práticas profissionais deva estar baseada na reflexão crítica sobre as práticas reais de profissionais reais em ação na rede de serviços. Propõe-se, portanto, que os processos de capacitação do pessoal da saúde sejam estruturados a partir da problematização do seu processo de trabalho e que tenham como objetivo a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde. A atualização técnico-científica é apenas um dos aspectos da transformação das práticas e não seu foco central. A formação e desenvolvimento englobam aspectos de produção de subjetividade, de habilidades técnicas e de conhecimento do SUS.

As demandas para capacitação não se definem somente a partir de uma lista de necessidades individuais de atualização, nem das orientações dos níveis centrais, mas prioritariamente a partir dos problemas da organização do trabalho, considerando a necessidade de prestar atenção relevante e de qualidade, com integralidade e humanização.

A lógica da educação permanente é descentralizadora, ascendente e transdisciplinar. Essa abordagem pode propiciar a democratização institucional; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, da capacidade de docência e de enfrentamento criativo das situações de saúde; de trabalhar em equipes matriciais e de melhorar permanentemente a qualidade do cuidado à saúde, bem como a constituição de práticas técnicas críticas, éticas e humanísticas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ceccim, Ricardo Burg; Feuerwerker, Laura C.M. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis: Revista de Saúde Coletiva vol.14 no.1 Rio de Janeiro Jan./June 2004

Mitre, Sandra Minardi; Batista, Rodrigo Siqueira; Mendonça, José Márcio Girardi de; et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva vol.13 suppl.2 Rio de Janeiro Dec. 2008.

BRASIL. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde. Política de Educação e Desenvolvimento para o SUS. Caminhos para a Educação Permanente em Saúde. Pólos de Educação Permanente em Saúde. Aprovada na Reunião da Comissão Intergestores Tripartite realizada em Brasília em 18 de setembro 2003

Brasil. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde. Políticas de Formação e Desenvolvimento para o SUS: Caminhos para a educação permanente em saúde. Ministério da Saúde. Brasília, 25 de agosto de 2003