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sábado, 24 de julho de 2010

Saude mental X ESF: Vamos Pensar!

O impacto causado pelos transtornos mentais em termos de morbidade com prejuízo importante da qualidade de vida destes indivíduos é enorme. No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, o número de indivíduos que sofrem de transtornos mentais e/ou comportamentais é muito alto, porém a grande maioria não consegue tratamento adequado e levam seus problemas como podem, muitos destes graves e incapacitantes, que transformam suas vítimas em prisioneiros de si mesmos, com uma forte estigmatização e discriminação.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 12% dos agravos em saúde é relativo à saúde mental, porém, em termos globais, apenas 1% do investimento em saúde é destinado a esta área.
Vários estudos acadêmicos e governamentais já ressaltaram a importância dos cuidados dos doentes mentais com base na comunidade, que além de melhorarem a qualidade de vida, também ajudam na intervenção precoce e diminuição do estigma associado ao tratamento.
A Estratégia de Saúde da Família nasceu desta necessidade de se ter um novo modelo. Com princípios rígidos como: atuação no território através do diagnóstico situacional, enfrentamento dos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo; buscar a integração com instituições e organizações sociais e ser espaço de construção da cidadania, a Estratégia de Saúde da Família vem sendo implantada pelo Ministério da Saúde em todo o território nacional.
Cotidianamente as equipes recebem diversas demandas em saúde mental que são identificadas por profissionais das equipes da ESF, médico, enfermeiro, auxiliares e agentes comunitários de saúde. São situações que requerem intervenções imediatas, na medida em que podem evitar a utilização de recursos assistenciais mais complexos desnecessariamente. A identificação e o acompanhamento dessas situações, incorporados às atividades que as equipes desenvolvem são passos fundamentais para a superação do modelo psiquiátrico, medicalizante e hospitalar, de cuidados em saúde mental. Apesar dos esforços das equipes e até da facilidade no reconhecimento dos problemas de saúde mental, a resolubilidade ainda é baixa, sendo pouco freqüente a assistência continua à saúde mental de qualidade, tornando os profissionais da ESF meros repetidores de receitas.

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